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PALMARES

17:51:00

O giro da roda risca o verde do mundo. 
Segue no mundo o homem pedalando sem pedir passagem.
É pra comprar o gás!
É pra fazer parte da paisagem, por isso a pressa...
Enquanto isso, nesse meio de abril aberto, eu desatento, 
em desalinho, observo o cabresto de meu chinelo - meia vida, 
a estrangular meus dedos inquietos.
É a paisagem parada no cristalino dos olhos 
sendo maior que o tamanho de meus pés nesse retrato de chão.
É grande, é grande, mas é menor que meu olhar lacrimoso.
É grande, é grande, é gigante!
É grande, é grande, é imenso!
É grande, mas não abarca minha solidão, 
nem por um momento 
quando estou de pés no chão.

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