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QUIMÉRICAS E EPIFANIAS

14:22:00

Serramalte ferradura glacê
O cheiro dos teus olhos, pêra
Um grude da grade em partes
Pisco num cisco, granulada cor
Manifesto do teu corpo azulado
Azulejo, realejo bocejo espadas
Realizo escravizo o tempo perdido
Na fuga meu remédio é dormir
Mil novecentos e um grito gentil
Da noite sem sacos ensacados
A beleza não dorme de rede
Cansei, andei devaneando subir
Pintado de ouro em marfim
Calígula fria partida, parida no fim
Estamos prateados de prantos
Espaços faltantes, flutuantes cortes
Belas artes circenses, parisiense
Doravante riso sem a cor do pinho
Ladrilho latido, engasgo faminto
Consumo moléculas de areia limão
Escaldante diante da palma sangria
Além do cortejo sinal da menina
Empinadas pipas da mão retrato
Relato concreto bufão sem coreto
Duelos pra isso deixados em risos
Eu finjo dizer o que escrevo falar
Quero dizer o que me faz calar

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