CORDILHEIRA ÍNTIMA – O ÍNFIMO
08:17:00
Intensificado de verbetes persuasivos, interlocuções reducionistas, a variante dos gametas é fecundada na intencionalidade da razão, fazendo assim sua morada, disseminando o mau uso dos adjetivos - dos mais diversos, vetando a liberdade poética da fala e da escrita simbiótica.
O poeta é um vacilante - titubeia pelo mundo, é apedrejado pelas leis da dramaturgia cartesiana, poiesis e fruição são movimentos processuais que descrevem a persona em atos de heterogeneidade enunciativa. No emaranhado de vozes que intervém na escrita e essa por sua vez faz alusão a uma estranha força potencial - o ser criativo remonta novos significados a sua obra cânone. O ser é, portanto apresentado no presente momento como um ser dialógico, retratado, inscrito por sua fala poética, na travessia fantasmagórica que em análise anterior retoma ao discurso polifônico.
A soma das partes está em sua natureza – a retórica do monólogo e a escolha de ser o que é a cada instante, isso são o que o faz ser e existir para além da fala. Esse enlaço híbrido é indivisível no campo existencial, ser um observador dos nós, é, portanto, um apanhador de barbantes, fios e pregos da realidade inconsciente, arames que amordaçam e prendem os nós aos pés do pisador, se percebendo em húmus, das mais variadas rachaduras, e estas por sua vez dão vazão ao chão barrento, inóspitos lamaçais, solares tropicais. Itinerante do sintoma, circulante das camadas íntimas - le corps marché, o autor sente o fluido espesso nos pés onde não necessariamente pisou. Sente o gosto amargo na boca da miséria física, latente no nervo tenso, extenso, no eixo circulante, do ferro quente que faz o vinco, no visgo áspero e intenso da intenção alheia, tornando-o não mais tão repetitivo em suas ações quanto seus antigos mantras e rezas.
A dissolução do verbo intransitivo desmistifica os elos da linguagem racional, criando assim novas possibilidades, desvela o sujeito e o impulsiona através da angústia e do desamparo a busca por sua topologia – um corpo autônomo responsável por seus desejos.
Os gestos se aglutinam na sola assolada dos pés descalços, no contato do batente cotidiano concreto ao couro cru sem farpas, o andante sem seus símbolos se encontra marginalizado na consciência do espelho atual filosófico enquanto a grande máscara cultural da massa podre aperta o crânio da arte, esmagando tudo que há na latitude fértil do pensamento subjetivo - livre na mais longínqua magnitude dos versos atemporais, da carne poética e amolada, que corta a faca cega do real.
Retorno ao ponto inicial declarando que não é preciso permissões para entrar em Pasárgada, um lugar mutável, nas cordilheiras sublimes do tempo, donde está endereçado o ímpeto dos meus pensamentos.
O poeta é um vacilante - titubeia pelo mundo, é apedrejado pelas leis da dramaturgia cartesiana, poiesis e fruição são movimentos processuais que descrevem a persona em atos de heterogeneidade enunciativa. No emaranhado de vozes que intervém na escrita e essa por sua vez faz alusão a uma estranha força potencial - o ser criativo remonta novos significados a sua obra cânone. O ser é, portanto apresentado no presente momento como um ser dialógico, retratado, inscrito por sua fala poética, na travessia fantasmagórica que em análise anterior retoma ao discurso polifônico.
A soma das partes está em sua natureza – a retórica do monólogo e a escolha de ser o que é a cada instante, isso são o que o faz ser e existir para além da fala. Esse enlaço híbrido é indivisível no campo existencial, ser um observador dos nós, é, portanto, um apanhador de barbantes, fios e pregos da realidade inconsciente, arames que amordaçam e prendem os nós aos pés do pisador, se percebendo em húmus, das mais variadas rachaduras, e estas por sua vez dão vazão ao chão barrento, inóspitos lamaçais, solares tropicais. Itinerante do sintoma, circulante das camadas íntimas - le corps marché, o autor sente o fluido espesso nos pés onde não necessariamente pisou. Sente o gosto amargo na boca da miséria física, latente no nervo tenso, extenso, no eixo circulante, do ferro quente que faz o vinco, no visgo áspero e intenso da intenção alheia, tornando-o não mais tão repetitivo em suas ações quanto seus antigos mantras e rezas.
A dissolução do verbo intransitivo desmistifica os elos da linguagem racional, criando assim novas possibilidades, desvela o sujeito e o impulsiona através da angústia e do desamparo a busca por sua topologia – um corpo autônomo responsável por seus desejos.
Os gestos se aglutinam na sola assolada dos pés descalços, no contato do batente cotidiano concreto ao couro cru sem farpas, o andante sem seus símbolos se encontra marginalizado na consciência do espelho atual filosófico enquanto a grande máscara cultural da massa podre aperta o crânio da arte, esmagando tudo que há na latitude fértil do pensamento subjetivo - livre na mais longínqua magnitude dos versos atemporais, da carne poética e amolada, que corta a faca cega do real.
Retorno ao ponto inicial declarando que não é preciso permissões para entrar em Pasárgada, um lugar mutável, nas cordilheiras sublimes do tempo, donde está endereçado o ímpeto dos meus pensamentos.
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