­

O PROCESSO REPETITIVO DO TEMPO

05:58:00

era um antiquário vivo
um quadro em branco
era qualquer coisa assim
um rosto sem registro
lembrança que dói
adormecida e tão pequena
era um passado supernovo
sem sorte e sem luz
sem rabiscos nesse tecido

eu falo do vazio
ausência, entende?
somente eu e eu e eu e eu
ou nada disso mais importa

teu teorema era tão bonito
um riso na brisa rouca
louca, sua louca!
era tanta vida, como assim?
e comovida disse não
de tão forte e sem açúcar
o mundo então se calou
ao sol a pino, tombei

- Ei!
respeite meu fim
meu rosto
minha imagem
meu autorretrato
e todo esse cansaço
que me fez parar

You Might Also Like

0 comentários

Subscribe